sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A ortodoxia ateísta que me trouxe à fé

Na última Páscoa, quando eu estava começando a explorar a possibilidade de que deveria haver algo a mais na fé católica, além do que eu tinha acreditado e sido levada a crer, eu li "Cartas a um jovem católico", de George Weigel01. Uma passagem em particular chamou-me a atenção.
Falando dos milagres do Novo Testamento e do significado de fé, Weigel escreve: "No jeito católico de ver as coisas, andar sobre as águas é algo totalmente sensato a se fazer. Ficar no barco, atendo-se tenazmente às nossas pequenas comodidades, é loucura."
Nos meses seguintes, aquela vida fora do barco – a vida da fé – começou a fazer bastante sentido para mim, a ponto de eu não poder mais justificar ficar parada. No último fim de semana eu fui batizada e confirmada na Igreja Católica.
Megan Hodder
É claro, isso não deveria acontecer. Fé é algo que a minha geração não considera, mas deixa de lado e ignora. Eu cresci sem nenhuma religião e tinha oito anos quando aconteceu o atentado de 11 de setembro.
A religião era irrelevante na minha vida pessoal e, durante meus anos na escola, a religião só proporcionava um fundo de notícias de violência e extremismo. Eu lia avidamente Dawkins, Harris e Hitchens, cujas ideias eram tão parecidas com as minhas que eu empurrava quaisquer dúvidas para o fundo da minha mente. Afinal, qual alternativa havia lá para o ateísmo?
Como uma adolescente, eu percebi que precisava ler além dos meus polemistas favoritos, como começar a pesquisar as ideias dos mais egrégios inimigos da razão, os católicos, a fim de defender com mais propriedade minha visão de mundo. Foi aqui, ironicamente, que os problemas começaram.
Eu comecei lendo o discurso do Papa Bento XVI em Ratisbona, ciente de que tinha gerado controvérsia na ocasião e era uma espécie de tentativa – fútil, é claro – de reconciliar fé e razão. Também li o menor livro de sua autoria que pude encontrar, On Conscience02. Eu esperava – e desejava – achar preconceitos e irracionalidade para sustentar meu ateísmo. Ao contrário, fui colocada diante de um Deus que era o Logos; não um ditador sobrenatural esmagador da razão humana, mas o parâmetro de bondade e verdade objetiva que se expressa a Si mesmo e para o qual nossa razão se dirige e no qual ela se completa, uma entidade que não controla nossa moral roboticamente, mas que é a fonte de nossa percepção moral, uma percepção que requer desenvolvimento e formação por meio do exercício consciente do livre-arbítrio.
Era uma percepção da fé mais humana, sutil e fiável do que eu esperava. Não me conduziu a uma epifania espiritual dramática, mas animou-me a buscar mais no catolicismo, a reexaminar com um olhar mais crítico alguns dos problemas que tinha com o ateísmo.
Primeiro, moralidade. Para mim, uma moralidade ateísta conduzia a duas áreas igualmente problemáticas: ou era subjetiva a ponto de ser insignificante ou, quando seguida racionalmente, implicava resultados intuitivamente repulsivos, como a postura de Sam Harris sobre a tortura. Mas as mais atraentes teorias que poderiam contornar esses problemas, como a ética das virtudes, geralmente o faziam a partir da existência de Deus. Antes, com minha compreensão caricata de teísmo, eu acharia isso absurdo. Agora, com o discernimento mais profundo que eu tinha começado a desenvolver, eu não tinha tanta certeza.
Depois, metafísica. Eu percebi rapidamente que confiar nos neoateístas para argumentar contra a existência de Deus era um erro: Dawkins, por exemplo, dá um tratamento dissimuladamente superficial a Tomás de Aquino em "Deus, um delírio", abordando apenas o resumo das cinco vias de São Tomás – e distorcendo as provas resumidas, para variar. Informando-me melhor sobre as ideias aristotélico-tomistas, eu as considerei uma explanação bastante válida do mundo natural, contra a qual os filósofos ateístas não tinham conseguido fazer um ataque coerente.
O que eu ainda não entendia era como uma teologia que operava em harmonia com a razão humana poderia ser, ao mesmo tempo, nas palavras de Bento XVI, "uma teologia fundamentada na fé bíblica". Eu sempre considerei que a sola scriptura, mesmo com suas evidentes falácias e deficiências, era de certo modo consistente, acreditando nos cristãos que leem a Bíblia. Então eu fiquei surpresa ao descobrir que esta visão poderia ser refutada com veemência tanto pelo ponto de vista católico – lendo a Bíblia através da Igreja e de sua história, à luz da Tradição – como pelo ateu.
Eu procurei por absurdos e inconsistências na fé católica que pudessem descarrilhar minhas ideias da inquietante conclusão à qual eu me dirigia, mas o irritante do catolicismo é sua coerência: uma vez que você aceita a estrutura básica de conceitos, todas as outras coisas se ajustam com uma rapidez incrível. "Os mistérios cristãos são um todo indivisível", escreveu Edith Stein em "A ciência da cruz"03. "Se entramos em um, somos levados a todos os outros". A beleza e autenticidade até das mais aparentemente difíceis partes do catolicismo, como a moral sexual, se tornaram claras quando não eram mais vistas como uma lista descontextualizada de proibições, mas como componentes essenciais no corpo complexo do ensinamento da Igreja.
Havia um último problema, porém: minha falta de familiaridade com a fé como algo vivido. Para mim, toda a prática e a língua da religião – oração, hinos, Missa – eram algo totalmente estranho, em direção ao qual eu relutava em dar o primeiro passo.
Minhas amizades com católicos praticantes finalmente convenceram-me que eu tinha que fazer uma decisão. Fé, no fim das contas, não é meramente um exercício intelectual, um assentimento a certas proposições; é um radical ato da vontade, que engendra uma mudança total da pessoa. Os livros levaram-me a ver o catolicismo como uma conjectura plausível, mas o catolicismo como uma verdade viva eu só entendi observando aqueles que já serviam a Igreja por meio da vida da graça.
Eu cresci numa cultura que tem amplamente virado as costas para a fé. Por isso eu era capaz de levar minha vida adiante com meu ateísmo mal concebido e incontestado, e isso explica pelo menos parcialmente a grande extensão de apoio popular que têm os neoateístas: para cada ateu ponderado e bem informado, existirão outros com nenhuma experiência pessoal de religião e nenhum interesse em argumentar simplesmente indo na onda da maré cultural.
Enquanto a popularidade do ateísmo beligerante e reacionário diminui, cristãos sérios capazes de explicar e defender sua fé serão uma presença crescentemente vital na esfera pública. Eu espero que eu seja um pequeno exemplo da força de atração que o catolicismo ainda carrega em uma época que lhe parece às vezes irascivelmente oposta.

Por Megan Hodder, 24 de maio de 2013
Fonte: The Catholic Herald | Tradução: Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências



Fonte: padrepauloricardo.org

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

É preciso ser aquilo que falta

Deus criou cada coisa por um motivo e para uma finalidade, não há nada na natureza que alguém possa dizer que não serve para nada, nem mesmo a coisa ou criatura mais insignificante.  O Senhor é perfeito nos seus desígnios, planos e obras, Ele não faria algo que não tivesse serventia, seria como se um carpinteiro construísse uma cadeira de uma perna só, ela não iria se equilibrar. Também assim Deus fez, cada coisa no seu devido lugar de forma equilibrada.
Conosco, seres humanos, não é diferente, somos criados por um propósito, cada um de forma pessoal e única. Veja que tudo no nosso corpo tem uma função, mesmo que nós não saibamos qual é, assim também nós, membros do Corpo de Cristo, temos uma função especifica, mesmo que não saibamos qual é. Resta-nos descobrir o nosso lugar e nos encaixar conforme os planos de Deus. Devemos descobrir na vida de oração e na vivencia dos sacramentos, pois quando estamos perto de Deus nosso coração e o d’Ele se tornam um só, então nossa vontade e d’Ele também se tornam uma só.
A vida de cristão autentico nos faz sensíveis à voz de Deus e à Sua vontade, e também às necessidades do mundo. Santa Terezinha viu, pela inspiração do Espírito Santo, que faltava amor e disse: “No coração da Igreja eu serei o amor”. São Francisco percebeu, também no Espírito, que na Igreja estava se perdendo a vivencia da pobreza, que o próprio Cristo havia ensinado, e assim se fez pobre. São inúmeros os casos de santos e justos que foram despertados por Deus para fazer a diferença no mundo, cada um no seu tempo, e agora é a sua vez, este é o seu tempo.
Olhe ao seu redor, não só nesse espaço em que você se encontra agora, mas olhe mais longe, veja sua casa, seus familiares, o que falta em sua família? Seja o amor dentro de casa, seja reflexo de Deus, seja exemplo de pureza e obediência, ou seja, seja Cristo. Faça esse exercício, de descobrir o que falta nos ambientes em que você está inserido, quando você descobrir, parabéns é isso que você precisa ser.
O mundo precisa de Deus, precisa de Cristo, é isso que falta no mundo, então seja você, mesmo com suas limitações, o próprio Jesus será sua força, não desista, não desanime, nunca abandone seus sonhos, talvez eles sejam o que falta. Talvez um sorriso, um bom dia, etc. seja o que falta na vida das pessoas que você encontra na rua, no trabalho ou na faculdade/escola. Falta muita coisa, mas se você não fizer nada via continuar faltando, faça sua parte, não há o que esperar. É preciso ser o que falta, então seja você.

Paz e misericórdia.


Oração de São Francisco de Assis


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Bispos do Japão pedem beatificação de “samurai de Cristo”

 
Foi apresentado à Congregação para a Causa dos Santos um relatório pedindo a beatificação de Takayama Ukon, um senhor feudal do século XVI que preferiu perder suas terras e posses a renunciar à sua fé. O documento de 400 páginas preparado pela Conferência dos Bispos Católicos do Japão apresenta à Igreja universal o desejo de ver Ukon – chamado no Oriente de o "samurai de Cristo" – elevado à honra dos altares pelo menos até 2015, quando se completam 400 anos de seu falecimento.

A expressão "samurai de Cristo" vem de sua antiga adesão, antes da conversão ao Cristianismo, à disciplina do bushido ("o caminho do guerreiro"), o código de conduta dos samurais.

Ele nasceu em 1552, no território que hoje corresponde a Osaka, filho de uma família daimiô – termo que faz referência a senhores feudais com direito de construir um exército e ter samurais a seu serviço. Seu pai abraçou a fé católica quando Ukon tinha doze anos. O menino foi batizado e passou a se chamar Justo. Muitas pessoas das redondezas se converteram seguindo o seu exemplo.

Quase no final do século, o Japão foi dominado por Toyotomi Hideyoshi, o segundo "grande unificador" do país, que começou a expulsar os missionários cristãos em 1587. Enquanto inúmeros senhores abandonaram o Cristianismo com a interdição, Justo e seu pai permaneceram fiéis, mesmo perdendo suas posses. Durante vários anos, viveram debaixo da proteção de daimiôs amigos, mas a proibição definitiva da fé em 1614 levou ele e um grupo de 300 cristãos ao exílio nas Filipinas. Justo foi acolhido com alegria neste país de forte tradição católica, mas, devido a uma enfermidade, faleceu, apenas 40 dias após pisar em solo filipino. O seu corpo foi velado com honras militares.

A abertura de sua causa de beatificação já tinha sido cogitada duas vezes. Uma tentativa, ainda no século XVII, pouco depois de sua morte, pelo clero das Filipinas, não obteve sucesso devido a então política japonesa de isolamento, que tornou impossível obter a documentação necessária sobre sua vida. Outra vez, em 1965, a petição de abertura fracassou por motivos formais. "A aplicação não foi aceita porque ninguém sabia como reuni-la nem como era a melhor forma de promover o caso", explicou o padre Hiroaki Kawamura, coordenador da Comissão Diocesana que enviou a documentação a Roma.

Desta vez, a apresentação foi bem preparada e a confiança no êxito da causa é grande. Ainda em outubro do último ano, o Arcebispo de Osaka e presidente da Conferência Episcopal Japonesa, monsenhor Leo Jun Ikenaga, recebeu uma palavra de Sua Santidade, o Papa Bento XVI: o Santo Padre manifestou nutrir uma "especial consideração" pela causa de Justo.

Este seria o primeiro japonês elevado aos altares de modo individual, posto que os já proclamados 42 santos e 393 beatos do país foram mártires e suas memórias se celebram em conjunto. O "samurai de Cristo", ao contrário, poderia se destacar individualmente como um exemplo de vida japonês completamente configurado aos valores do Evangelho.

"Takayama nunca foi desorientado pelos que o rodeavam. De maneira persistente, viveu uma vida na qual seguiu sua consciência", contou o padre Kawamura. "Conduziu sua vida de forma apropriada a um santo e continua sendo fonte de inspiração para muitas pessoas ainda hoje", concluiu.


Fonte: padrepauloricardo.org

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Explicando o "Glória" na missa



A música é algo de suma importância na Liturgia, no YOUCAT vemos o seguinte: “Nas celebrações litúrgicas, a música deve tornar a oração mais bela e interior, agarrar profundamente os corações dos presentes e levá-los a Deus, proporcionando-Lhe uma festa de sons”(183)
E o Catecismo da Igreja Católica diz: “O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis: Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem.”(1157)
Quem vai à Missa uma vez por semana ao mais percebe a diversidade de cantos que há e que são entoados, dentre eles vemos que são cantados vários “glórias” e muitos deles infelizmente são anti-litúrgicos. Mas porque isto acontece? Talvez pro causa da falta de conhecimento dos músicos ou celebrantes, e outros motivos.
Quantas vezes no momento do hino de louvor, ouvimos músicas como: Glória, glória, aleluia, louvemos ao Senhor. Um amigo me disse que certa vez em uma Missa, ele ouviu aquela que diz assim: “A Ele a glória, a Ele o louvor, a Ele o domínio, Ele é o Senhor”. Não tenho nada contra estas músicas, ao contrário, até canto elas quando são cantadas em reuniões da minha comunidade, mas para a Liturgia , elas e semelhantes, não são apropriadas.

 http://www.cancaonova.com/portal/arquivos/fotos/2012/Fevereiro/28_musica_informativo.jpg
“O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote, ou, se for o caso, pelo cantor ou grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores, ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si. É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes” (Instrução Geral do Missal Romano, 31)

Esta é a formula original do Glória:
Em português
Em latim
Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens por Ele amados.

Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:
nós Vos louvamos,
nós Vos bendizemos,
nós Vos adoramos,
nós Vos glorificamos,
nós Vos damos graças,
por vossa imensa glória,
Rei Celeste, Deus Pai Onipotente.


Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai:
Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós;
Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica;
Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.

Só Vós sois o Santo;
só Vós, o Senhor;
só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo;
com o Espírito Santo na glória de Deus Pai.

Amém.
Gloria in excelsis Deo
et in terra pax hominibus bonae voluntatis.

Laudamus te,
benedicimus te,
adoramus te,
glorificamus te,
gratias agimus tibi
propter magnam gloriam tuam,
Domine Deus, Rex caelestis,
Deus Pater omnipotens.

Domine Fili unigenite Jesu Christe,
Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris,
qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Qui tollis peccata mundi,
suscipe deprecationem nostram.
Qui sedes ad dexteram Patris,
miserere nobis.

Quoniam tu solus sanctus,
tu solus Dominus,
tu solus altissimus, Jesus Christe,
cum sancto Spiritu, in gloria Dei Patris.

Amen.

Segundo o Padre Joaquim Fonseca “o ‘Glória’ pode ser dividido em três partes: 
a)     O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados’.
b)     Os louvores a Deus Pai: ‘Senhor Deus, rei dos céus, Deus pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graça por vossa imensa glória’.
c)      Os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cristo: ‘Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós o Altíssimo Jesus Cristo’.

     O ‘Glória’ termina com um final majestoso, incluindo o Espírito santo. É importante lembrar que esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece com o Filho, pois é neste que se concentram os louvores e súplicas. Em outras palavras: o Cristo se mantém no centro de todo o hino. Ele é o Kyrios, isto é, o Senhor que desde todos os tempos habita no seio da Trindade.”
Portanto, concluímos também que o “Glória” não é um canto trinitário, mas uma formula que deve ser seguida conforme é originalmente, sem alteração de nenhuma parte. Sua origem remonta ao século V, no oriente cristão, por isso não podemos deixar que essa joia rara seja maltratada ou substituída na Santa Missa.

Fontes: Wikipedia e site Sagrada Liturgia

Referências:
YOUCAT, Vaticano, 2011.
Catecismo da Igreja Católica, Vaticano, 1992;
FONSECA, JOAQUIM. Cantando a Missa e o Ofício Divino. 3º edição. São Paulo-SP: Editora Paulus, 2004. (Liturgia e Música)

35 anos da eleição do Papa João Paulo I

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira, 26 de agosto, decorre o 35º aniversário de eleição à Sé de Pedro de João Paulo I. Nascido em Canale d’Agordo, norte da Itália, em 17 de outubro de 1912, no momento da eleição o Cardeal Albino Luciani era Patriarca de Veneza e assumiu o nome de João Paulo I, homenageando seus dois predecessores: João XXIII e Paulo VI, que falecera 20 dias antes. 

O seu pontificado foi um dos mais breves da história: depois de apenas 33 dias o “Papa do sorriso” foi encontrado morto em sua cama, na manhã de 28 de setembro. Em seu único discurso Urbi et Orbi, João Paulo I reiterou à Igreja que seu principal dever era a evangelização e a exortou a prosseguir no esforço do ecumenismo. 

Em discurso no dia 10 de setembro, dirigindo-se a representantes da imprensa internacional, pediu que “se aproximassem mais de seus semelhantes, intuindo de perto seu desejo de justiça, de paz, de concórdia e solidariedade, em prol de um mundo mais justo e humano”.

Nas quatro audiências gerais que concedeu, o Papa “humilde” enfrentou temas como a humildade, a fé, a esperança e a caridade, falando com um estilo pessoal do qual emergiu sua missão pastoral e catequética.

João Paulo I também é lembrado como o “Papa catequista”, ou “Papa pároco do mundo”, nomes que salientam seu amor pela catequese vista como paixão comunicativa a serviço da verdade cristã e não como uma forma reduzida de evangelização. 
(CM)

Fonte: Rádio Vaticano
 

Os católicos clandestinos da China

As duas Igrejas da China, a "oficial" e a clandestina, revelam a realidade para qual caminham muitos países do ocidente
Enquanto os púlpitos das universidades brasileiras estão impregnados pelo discurso esquerdista, a ponto de se abrirem Centros para Difusão do Comunismo, como acontece, por exemplo, na Universidade Federal de Ouro Preto, do outro lado do Atlântico, mais especificamente na China, católicos são obrigados a refazer o caminho dos primeiros cristãos perseguidos. É a dura realidade da Igreja Católica clandestina, imposta pela revolução cultural do tirano Mao Tsé-Tung, no início da década de 50, com a criação da República Popular da China. Segundo cálculos do premiado professor de Ciência Política da Universidade do Havaí, Rudolph J. Rummel, cerca de 76 milhões de pessoas foram mortas pelo regime entre os anos de 1949 e 1987.
O advento do comunismo chinês provocou uma avalanche de perseguições à religião. Templos foram profanados, igrejas e conventos fechados, fieis foram mortos. Para evitar o nascimento de novas vocações e a autoridade do Papa, o governo criou em 1957 a Associação Patriótica Católica. Desde então, as relações da Santa Sé com o regime tirânico vêm se arrastando de forma conturbada, sobretudo por causa das sagrações episcopais ilícitas promovidas pela Associação. No ano passado, após romper com o Estado e anunciar que não mais serviria ao regime comunista, o recém ordenado bispo, Dom Thaddeus Ma Daqin, desapareceu. Os católicos acusam o governo de tê-lo aprisionado.
Com efeito, os seminaristas que desejam servir à Igreja precisam enfrentar uma verdadeira jornada, às vezes até indo para outros países, a fim de receber uma adequada formação doutrinal. É o caso, por exemplo, do jovem diácono Tomás Zhang, que sonha em se ordenar sacerdote para a Igreja de seu país. Há seis anos em Pamplona, Espanha, Zhang foi ordenado diácono pelo arcebispo Francisco Pérez. No próximo sete de setembro, será ordenado sacerdote em Navarra. Conforme relata, a vida de um padre chinês não é muito diferente da de outros países, a não ser no que se refere aos cuidados com a segurança. Têm que trabalhar de forma secreta e muitos dormem de dia e trabalham à noite, "quando dormem os policiais, para evitar ir para prisão".
A Igreja Católica chinesa, conta Zhang, é uma autêntica igreja doméstica, uma vez que a maioria das celebrações eucarísticas acontecem nas casas de algumas famílias. Ciente dessa situação conflitante, o Papa Francisco exortou os católicos chineses a serem fiéis ao Sucessor de Pedro, e a "viver(em) cada dia no serviço ao seu país e aos seus concidadãos de modo coerente com a fé que professam". O pedido foi feito em uma das tradicionais audiências gerais de quarta-feira.
Considerando a distância e as circunstâncias diversas nas quais os católicos brasileiros se encontram, a realidade chinesa parece até surreal. Mas não é. O processo de secularização dos países ocidentais caminha a passos largos e o destino final não é muito diferente do dos irmãos orientais. Quando se tem a fé apenas como um pressuposto e se coloca em seu lugar o ativismo social, não demora muito para que esse pressuposto desapareça e o ativismo se torne demagogia. E o Brasil, outrora maior país católico do mundo, é a prova mais contundente disso.
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. UM ESPANTO E UM ABSURDO: há um Centro de Difusão do Comunismo em uma importante Universidade federal — pago com nosso dinheiro. O currículo inclui até "militância anticapitalista"
  2. Tomás Zhang, diácono en Pamplona, volverá a China como sacerdote clandestino dentro de 2 años
Fonte: padrepauloricardo.org

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Papa Francisco agradece, em carta ao presidente da CNBB, acolhida no Brasil



O presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, recebeu esta semana uma carta do papa Francisco. No texto, o Santo Padre agradece a acolhida recebida no Brasil e, em especial, na cidade de Aparecida.
Confira a íntegra da carta:
Querido irmão,
Venho renovar-lhe a expressão do meu agradecimento e, através de sua pessoa, a todos quantos o mesmo seja devido nessa amada diocese, particularmente no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, pelo carinho que me receberam e tudo predispuseram da melhor maneira para que eu pudesse visitar a casa da Mãe de todos os brasileiros.
Guardo indeléveis, na memória e no coração, as imagens daquela ativa assembleia litúrgica e da multidão festiva que na esplanada do Santuário, mesmo com frio e a chuva, quiseram acompanhar-me na minha peregrinação à Aparecida. Sem dúvidas foi também uma oportunidade para reviver as belas recordações da minha permanência no Santuário, durante a Quinta Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Confiei a Ela, Nossa Mãe, a vida de cada brasileiro, bem como pedi que fizesse arder no coração de cada sacerdote desse imenso País um zelo sempre maior por anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo.
Peço-lhe também para que, na sua qualidade de Presidente da CNBB, se faça intérprete do meu vivo apreço e gratidão aos Bispos do Brasil, a todos os párocos, pastorais e movimentos eclesiais pelo carinho e empenho postos na preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude. Esta foi, certamente, um evento em que o Senhor cumulou de graças a Igreja que está no Brasil. Faço votos para que as sementes que foram lançadas possam frutificar permitindo uma nova primavera para a Igreja nesta amada Nação.
Reconhecido, retribuo todas as gentilezas recebidas, confiando a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as dioceses e prelazias brasileiras, juntamente com os seus pastores, enquanto de coração a todos concedo uma especial Benção Apostólica e peço que, por favor, não deixem de rezar por mim.

Vaticano, 2 de Agosto de 2013.

Fonte: CNBB

A Teologia da Libertação não era necessária para pregar o evangelho aos pobres

Após a palestra do padre José Maria “Pepe” Di Paola, sobre o trabalho de integração da população marginalizada que lhe rendeu ameaças de morte por combater as drogas na favela Villa 21, de Buenos Aires, o Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos passou a palavra ao professor Guzmán Carriquiry, durante a conferência sobre a encíclica Lumen Fidei.

O secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina afirmou que “quando ouvimos o padre ‘Pepe’ falar da sua experiência nas favelas de Buenos Aires, é como se víssemos o bispo Jorge Mário Bergoglio quando compartilhava o pão com os pobres, junto com seus sacerdotes, naquelas mesmas favelas”.
“No fundo”, disse o professor uruguaio, “é a mesma imagem que nós vimos quando ele lavou os pés dos menores no centro para menores infratores; quando ele visitou Lampedusa, a favela de Varginha, o hospital para dependentes químicos no Rio de Janeiro...”. E enfatizou: “Não precisa de uma teologia da libertação para isso. É suficiente o evangelho vivido, o abraço da caridade, o testemunho comovido de si mesmo”.
Sobre a encíclica Lumen Fidei, depois de elogiar o trabalho dos pontífices vindos de contextos tão diferentes, com sensibilidades e estilos diversos, Carriquiry avaliou como “obra do demônio, príncipe da mentira e da divisão, esse esforço obsessivo em querer confrontar o bispo emérito de Roma e o seu sucessor”.
“Isso vale tanto para o desmedido apego nostálgico ao papa anterior, que vira uma ‘nostalgia canalha’ quando se degenera em julgamentos farisaicos sobre o papa atual, quanto para os elogios ao papa atual feitos para denegrir os predecessores”.
O palestrante recordou ainda: “Apesar de que as favelas cresceram muito nas últimas décadas, Buenos Aires é certamente muito mais do que isso”. E complementa: “É uma enorme cidade cosmopolita, onde há raízes católicas populares, mas que também é marcada por todas as realidades, estímulos e chagas da cultura global”, onde existe um “norte e um sul” que apresentam “grandes desafios pastorais”.
O secretário do Pontifício Conselho recordou também as palavras do papa Bento XVI no voo de São Paulo a Aparecida, quando disse: “Tenho certeza, pelo menos em parte, que aqui se decide o futuro da Igreja católica. Para mim, isto sempre foi evidente”.
Sobre a situação atual da Igreja, Carriquiry comentou que “era preciso libertar a fé das incrustações mundanas, para torná-la novamente atraente”. E, citando um autor italiano, prosseguiu: “Os predecessores começaram, sem dúvida, um progressivo desmantelamento desse aspecto realmente pesado da cúria. João Paulo II preferia andar pelas ruas do mundo a ficar no Vaticano. E Bento XVI disparou raios contra o carreirismo, o clericalismo, a mundanidade, a divisão, as ambições de poder e a sujeira na Igreja. Agora, Francisco realiza o que o seu predecessor pediu tantas vezes... E muito mais. Tudo isso faz parte da ‘revolução evangélica’, que marca uma profunda mudança do próprio modo de ser papa”.

Carriquiry finalizou propondo que a encíclica Lumen Fidei seja lida à luz do pontificado do papa Francisco, das “joias” das suas homilias cotidianas, da sua catequese e do “ato de sair como missionário” para compartilhar a luz da fé “ad gentes”.

Fonte: zenit.org/pt

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Eucaristia, entrega perfeita de Cristo

Sabemos que a Eucaristia é a celebração mais importante para a Igreja de Cristo, o Catecismo Jovem da Igreja Católica vem nos dizer o seguinte: “A celebração Eucarística é o cerne da comunhão Cristã. Nela a Igreja torna-se Igreja”(YOUCAT, 211). Para mim esta é o maior de todos os acontecimentos, pois em um único ato nós celebramos a paixão, morte e ressurreição de Cristo, comungamos de seu corpo e “Nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, onde Deus será tudo em todos”.
A alguns dias li um livro chamado “A presença real de Jesus na Eucaristia”, de um padre americano chamado Pe. Robert DeGrandis, SSJ, onde reanimei meu amor pela Comunhão Eucarística e pela participação dos mistérios litúrgicos. Neste livro o Pe. Robert faz um acróstico com a palavra EUCHARIST em inglês, e eu pretendo aqui fazer o mesmo, de forma mais resumida, com a palavra EUCARISTIA em português, seguindo praticamente a mesma linha de raciocínio que ele e mudando somente alguns aspectos e relações devido à diferença entre os idiomas em que a palavra está.

E – Eternidade, vida eterna.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6, 54)
Hoje em dia muitas pessoas usam as tecnologias para tratamentos estéticos e cirurgias para que permaneçam com aparência jovem ou voltem a tê-la, e outros procuram congelar seus corpos após a morte, para serem descongelados no futuro com esperança de voltar à vida. Estas pessoas gastam milhares e até milhões de reais nestas experiências, mas Jesus tem uma solução muito melhor e sem custo financeiro algum, que é a vida eterna. Na eternidade é onde nos encontraremos plenamente com Deus, São Francisco de Sales uma vez disse: “O tempo para procurar Deus é esta vida. O tempo para encontrar Deus é a morte. O tempo para desfrutar Deus é a eternidade”. Só na vida eterna nos seremos completos e verdadeiros, pois tudo o que é desta terra ficará aqui e na presença de Deus tudo é esclarecido e a alegria é abundante e verdadeira. E na Sagrada Eucaristia nós nos encontramos com o Cristo que é eterno e comungamos de sua Eternidade.
U – União com Cristo
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6, 56)
Todas as vezes que recebemos a Sagrada Eucaristia nós intensificamos nossa união com Jesus, O tocamos e somos tocados pela Sua mão poderosa. Cristo é santo por excelência, e quando nós estamos em comunhão com ele nos tornamos santos também, não por nosso merecimento, mas pelo merecimento d’Ele na comunhão com o Pai e o Espírito Santo.
C – Cura
“Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.” (Mc 5, 27)
Vemos acima um trecho do evangelho da mulher que padecia de um fluxo de sangue, mas que foi curada ao tocar a orla do manto de Jesus. Esta mulher teve coragem de correr no meio da multidão e tocar em Jesus, pois precisava da cura, ela já tinha gasto todo o seu dinheiro com médicos e não se curava até encontrar o Médico dos médicos. Veja irmão, que está mulher apenas tocou no Senhor e foi curada, ela teve fé e por isso foi curada, nós temos intimidade o bastante com o Senhor para não mais tocar no Seu manto, mas tocar em Seu coração, e assim se tivermos fé, Ele irá curar-nos fisicamente e espiritualmente no momento da comunhão, pois não é mais pão nem vinho, é o Corpo e o Sangue de Jesus.
A – Amor
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”(I Jo 4,8)
Sabemos que Deus é amor e que Ele e Jesus São um só com o Espírito Santo, e que Seu amor é infinito. Cristo Se entregou por amor a nós e Se entrega novamente todos os dias na Santa Missa, não existe maior manifestação de amor do que esta, onde o Todo Poderoso se faz Homem para estar conosco, não se contenta com isto e se faz Eucaristia para que possamos comungar e tocar em Seu amor. Sem dúvidas, a Santa Missa é a maior celebração de amor, desde o canto inicial de entrada ao final o amor reina, e permanece no coração daqueles que comungam.
R – Reconciliação
“Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: ‘Filho, perdoados te são os pecados.’(Mc 2, 5)
Cristo morreu e ressuscitou para excluir o pecado do mundo e para reconciliar a humanidade com Deus, pois o pecado nos tinha afastado do Senhor. Na Santa Missa o Sacrifício Pascal é atualizado e a reconciliação acontece mais uma vez, pois Deus não cansa de nos perdoar e de nos reconciliar com Ele. Para comungar devemos estar na amizade de Deus, ou seja, em estado de graça, e a comunhão é quem nos fortalece para que continuemos assim, pois ela nos aproxima do Senhor.
I – Intimidade com Deus
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós.” (Jo 15,4a)
A comunhão Eucarística proporciona, sem dúvidas, a intimidade com Deus, pois nós O recebemos e entramos em comunhão com Ele. Esta é também a melhor forma que o Senhor encontrou de estar próximo de nós, por isso devemos buscar a comunhão não como uma obrigação, mas como um meio de estar perto de Deus, devemos nos apaixonar por ela. A Eucaristia é comunhão, que produz intimidade.
S – Sacrifício
Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.” (Mt 10, 37-38)
O homem está sempre cheio de sofrimentos, causados por diversas situações, muitos sofrem por terem familiares nas drogas, outros por carregarem enfermidades, etc. A dor que estas pessoas suportam é tão grande, que se fosse unida a de Jesus no altar da cruz seria uma grande força de santificação, não só para quem oferece tal dor, mas para muitas almas. Por mais estranho que pareça nosso sofrimento é precioso, ainda mais quando nós o entregamos no altar do Senhor, por isso não podemos desperdiça-lo. Sempre que celebramos a Missa, oferecemos um sacrífico, que é perfeito, devemos também oferecer nosso sofrimento, nossas magoas, dores, alegrias e nossa vida, que são imperfeitos, para que o próprio Cristo às aperfeiçoe e entregue a Deus Pai.
T – Transformação, em nós
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (II Cor 5,17)
Como vimos a comunhão é a perfeita união com Cristo e aquele que está n’Ele não pode ser mais o mesmo. O Encontro com Jesus ressuscitado muda a forma de pensar e agir de qualquer pessoa, por mais duro que seja seu coração. O apostolo Paulo, antes chamado Saulo, viveu uma experiência concreta com o Ressuscitado, assim como nós também vivemos a cada celebração Eucarística, ele mudou totalmente seu modo de vida, pois deixou-se tocar pela graça, assim também nós devemos nos abrir a essa graça. Faça a experiência de a cada missa deixar-se transformar pela força da Eucaristia, você não será mais como antes, e um dia dirá como Paulo: “Já não sou mais eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim.” (Gl  2, 20)
I – Inigualável comunhão
Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos juntos, eu com ele e ele comigo” (Apocalipse 3, 20)
A palavra comunhão significa fazer alguma coisa junto com alguém, ter ou fazer algo em comum. Estar em comunhão com Cristo é muito mais que receber Seu Corpo e Sangue na santa Missa, mas sim pensar como Ele pensou, agir, falar e viver como Ele, é renunciar nossa vontade para que ela se una à d’Ele, e colocar em prática aquilo que Ele nos disse. É preciso comungar de corpo e alma, se Cristo Se deu de corpo, sangue, alma e divindade, porque não nos damos inteiramente? Isso é injusto, Ele também quer ser amado, São Francisco já dizia: “O amor não é amado.” O amor é Jesus, e nós devemos ama-Lo.

A – Abandono, entrega de Cristo a nós
Jesus deu então um grande brado e disse: ‘Pai em tuas mãos entrego o meu espírito.’ E dizendo isso, expirou.  ” (Lucas 23, 46)
Não há entrega maior do que a de Cristo na cruz, nada pode se comparar, nem o maior dos heróis dos quadrinhos realizou tamanha façanha, em um mundo fictício, enquanto Ele fez o maior ato de entrega já vista, na vida real. Assim também Jesus se dá na Eucaristia, de forma inteira, se abandona em nossas mãos para sarar nossas dores e nos redimir da culpa. Se dando dessa forma Ele se expõe a diversas situações de desprezo e profanação, e mesmo assim Ele não se defende ou envia Seus anjos para evitar qualquer coisa, pois Ele se dá por inteiro, a quem quer que seja. Veja só o tamanho disso, nós temos o próprio Cristo Jesus, Senhor dos senhores em nossas mãos, é necessário muito respeito e amor, pois não é qualquer pessoa ou um símbolo, mas o próprio Deus.

Concluindo, de todas as formas que Deus encontrou ou pensou de estar próximo do ser humano a Eucaristia é a mais eficaz e completa. Por isso nós cristãos católicos devemos dar o devido valor ao Santíssimo Sacramento e lembrar que é próprio Cristo, que não é um simples símbolo, mas uma verdade que deve ser pregada e vivida por cada um de nós. Devemos fazer de nossa casa um verdadeiro território Eucarístico, onde reina a Santa Hóstia, Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

De Um Católico | Fundamentos: A Presença Real de Jesus na Eucaristia, Pe. Robert DeGrandis, SSJ

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Rezemos pela paz no Egito

A situação no Egito é cada vez mais complicada, depois da queda do presidente Morsi os aliados da Fraternidade Muçulmana devastam o país com protestos. Os cristãos do Egito têm sido alvos de represália, o que tem levado muitos a não saírem nem de suas próprias casas. O site Zenit.org publicou um texto que contém declarações do bispo copta-católico Dom Youhannes Zakaria, veja o texto na integra:
“Choro por toda essa humanidade simples de muçulmanos e cristãos que vivem nas aldeias da área, que não têm nada porque suas reservas de comida estão terminando e as pessoas estão com medo de sair de casa. Mesmo quem tem condições não compra alimentos porque as lojas estão todas fechadas. Gostaria de ir até eles para ajudá-los, mas não posso porque eu também estou segregado em casa”, diz à Agência Fides Dom Youhannes Zakaria, Bispo copta católico de Luxor, que sexta-feira, 16 de agosto (dia das manifestações da Fraternidade Muçulmana contra a destituição do Presidente Morsi) sofreu uma tentativa de agressão.
“Os manifestantes favoráveis a Morsi, depois de expulsos do centro de Luxor, foram até o Episcopado gritando “morte aos cristãos”. Felizmente, a polícia chegou a tempo para nos salvar. Agora, polícia e exército vigiam a casa com dois carros blindados”, conta o Bispo.
“Em Luxor, a situação está crítica, mas não como no Baixo Egito (Minya, Assiut) o no Cairo. Todavia, também houve desordens, durante as quais muitas casas de cristãos foram incendiadas. Dez dias atrás, em uma aldeia aqui perto, 5 cristãos e um muçulmano foram mortos”, diz Dom Zakaria. “Por razões de segurança, cancelamos as celebrações da Assunção, que aqui é celebrada no dia 22 de agosto e não no dia 15. Todos estão fechados em suas casas. Eu estou trancado no Episcopado há cerca de 20 dias. As forças de segurança me aconselharam não sair”, acrescenta Dom Zakaria.
Segundo o Bispo, a campanha contra os cristãos promovida pelos aliados da Fraternidade Muçulmana, nasce do fato que “eles pensam que os cristãos são a causa da queda de Morsi”. “É verdade – continua – que os cristãos participaram das manifestações contra Morsi, mas 30 milhões de egípcios, em maioria muçulmanos, desceram às ruas contra o deposto Presidente. Atacando os cristãos, querem que o Egito termine no caos”.
Dom Zakaria cita os dados sobre as destruições sofridas pelas confissões cristãs nos últimos dias: “Foram queimadas mais de 80 igrejas e várias escolas cristãs. Lembro que no Egito, a Igreja católica administra mais de 200 escolas de Alexandria a Assuan, e nelas, alunos cristãos e muçulmanos se sentam lado a lado”.
“Repito o apelo do Papa Francisco para que se reze pela paz no Egito. Somente com o diálogo e com o respeito mútuo se poderá sair desta dramática situação”, conclui o Bispo. (L.M.) (Fonte: Agência Fides 20/8/2013)
A imagem abaixo é de uma Igreja dedicada a São Jorge, o principal templo copta em Sohag, norte do Egito, que foi saqueada e incendiada por volta do dia 14 de agosto.


No ultimo domingo, durante o Angelus o Papa Francisco disse "Seguimos rezando pela paz no Egito", e é isso que devemos fazer: rezar não só pelos cristão ou pelo Egito, mas pela paz em todo o Oriente Médio que constantemente tem que enfrentar guerras ou conflitos. Clamemos a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, rainha da paz e do Apóstolo Marcos, santo padroeiro daquele país.

De Um Jovem Católico | Informações: zenit.org, padrepauloricardo.org e g1.com

Bento XVI diz que Deus lhe pediu para renunciar e cita carisma de Francisco


Talvez ele precisasse de respirar um ar diferente daquele dos jardins do Vaticano, ou, ao terminar o verão, ele quisesse rever a casa onde passou oito verões e apreciar a vista do lago Albano. O fato é que, na tarde de domingo, 18, Bento XVI se permitiu uma curta viagem até Castel Gandolfo, vila que é a residência de verão dos Papas desde o Papa Urbano VIII, onde passou os primeiros dois meses após a renúncia do ministério petrino.

O Papa emérito - de acordo com relatos de fontes do Vaticano - passou cerca de três horas na cidade, caminhou nos jardins do palácio, recitou o rosário e assistiu a um concerto de piano. Retornou à noite para o mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, onde decidiu viver "escondido do mundo" após a decisão histórica de 11 de fevereiro.

Acompanharam Bento XVI na tarde de ontem, seus "anjos da guarda": as memores domini, Loredana, Carmela, Cristina e Manuela, quatro leigas consagradas, do movimento Comunhão e Libertação, que cuidavam do apartamento, da capela e do guarda-roupa de Ratzinger nos anos de seu pontificado, e continuam a ajudá-lo, mesmo agora, após a renúncia.

Papa Francisco teria"cedido" o lugar ao predecessor, convidando-o para passar o verão, nas colinas Albani, já que ele ficaria em Roma por "compromissos de trabalho". O Papa emérito recusou o convite, evitando assim o possível rumor de uma transferência e mantendo o perfil discreto.

Cerca de seis meses após o anúncio que chocou o mundo, a decisão de Ratzinger de viver uma vida oculta ainda suscita reflexões e questionamentos. Alguns tiveram o privilégio de ouvir dos lábios do Papa emérito as razões desta escolha. Apesar da vida de clausura, Ratzinger concede, esporadicamente, e apenas em certas ocasiões, algumas visitas muito particulares no Mater Ecclesiae. Durante estes encontros, o ex-Pontífice não revela segredos, não faz declarações que podem pesar como "as palavras do outro Papa",e mantém a discrição que sempre o caracterizou.

No máximo observa com satisfação as maravilhas que o Espírito Santo está fazendo com o seu sucessor, ou fala sobre si mesmo, de como a escolha de renunciar foi inspiração de Deus.

Assim teria dito Bento XVI a um convidado destes encontros raros que teve a graça de encontrá-lo algumas semanas atrás, em Roma. "Deus me disse", foi a resposta do Papa emérito à pergunta sobre por que ele quis renunciar. Ele imediatamente esclareceu que não houve qualquer tipo de atitude por aparência ou algo parecido, mas foi uma "experiência mística", em que o Senhor suscitou em seu coração um "esejo absoluto" de ficar a sós com Ele, recolhido em oração.

A atitude de Bento XVI, portanto, não foi uma fuga do mundo, mas um refúgio em Deus para viver do Seu amor. Ratzinger disse - revelou a fonte, que prefere permanecer anônima - que esta "experiência mística" perdura por todos esses longos meses, aumentando cada vez mais o desejo de uma relação única e direta com o Senhor. Além disso, o Papa emérito revelou que quanto mais observa o carisma de Francisco, mais compreende o quanto essa escolha foi a vontade de Deus.

Fonte: ZENIT

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Bem-vindos ao blog Um Jovem Católico



Olá pessoal, sejam todos bem-vindos ao novo blog “Um Jovem Católico”. Pretendo compartilhar aqui qualquer material que nos ajude na fé, desde formações a notícias e testemunhos, com uma linguagem jovem e na obediência à Santa Igreja. A muito tempo já pretendia criar este blog, porém tinha um certo receio, mas após ter participado da Jornada Mundial da Juventude senti um novo ardor. Sei que a presença do Santo Padre impulsionou muitos jovens do mundo inteiro a evangelizarem, eu sou um desses milhares que querem usar dos meios de comunicação para levar o evangelho e fazer discípulos onde quer que as ondas da internet alcance. Além deste blog tenho também uma Fanpage no Facebook, e um perfil no Twitter, para assim melhor atender a ordem de Cristo, que diz: “Ide ao mundo e fazei discípulos entre todas as nações.”


Twitter: @UmCatolico


YOUCAT - Introdução, um pouco da história do YOUCAT

Nos anos 80 o então cardeal Joseph Ratzinger junto com outros bispos de todo o mundo escreveu um livro que, a pedido do bem aventurado papa João Paulo II, devia explicar a fé católica de uma maneira compreensiva à sociedade moderna. Pois “após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e numa situação cultural alterada, muitos já não sabiam ao certo em que os cristãos realmente acreditavam, o que a Igreja ensinava e se ela, no fundo, podia ensinar algo, e como tudo isto se inseria numa cultura alterada pelas bases”(Papa Bento XIV na carta aos jovens, YOUCAT, pág 7). Este livro se chama Catecismo da Igreja Católica, ele mostra aquilo que a Igreja crê, como ela crê e como celebra tais crenças, foi escrito pensando nas diversas culturas existentes no mundo onde a igreja está inserida e sabendo que a cada uma deve se falar de maneira diferente e especial, mas sem perder a essência cristã.
A partir de um certo ponto a Igreja começou a perceber que a faixa etária de fiéis aos poucos mudava e que o mundo católico apesar da evasão, estava se tornando cada vez mais jovem, pois as jornadas mundiais reuniam cada vez mais jovens de toda parte, unidos por um único propósito: Cristo. Então nesse contexto surgiu um novo pensamento inspirado pelo Espírito Santo, e pela a orientação do experiente arcebispo de Viena, Cristoph Schonborn, nasceu o YOUCAT, uma abreviação para Youth Catechism, do inglês, Catecismo Jovem. O livro foi lançado pelo atual papa emérito Bento XVI no ano de 2011 e hoje já é lido e estudado por jovens do mundo inteiro, assim se cumprindo a vontade do, na época Papa Bento XVI, que desejava de coração que nós estudássemos o catecismo, então unamos o desejo do nosso coração ao o do coração da Igreja e façamos do YOUCAT o nosso livro preferido, carregando-o para todos os lados e criando grupos de estudos e partilha a respeito desse livro tão maravilhoso.


Portanto nestas formações iremos tratar de assuntos abordados pelo YOUCAT e usá-lo sobretudo para entender nossa fé e os mistérios que celebramos de forma que todos possamos entender, e eu espero poder contar com a ajuda de vocês, pois unidos iremos além.
“Peço-vos, portanto: estudai o CATECISMO com paixão e perseverança! Formai grupos de estudo e redes sociais partilhem-no entre vós na Internet! Permanecei deste modo num diálogo sobre a vossa fé” (Bento XVI).

Encontro Thalita Kum em Barbalha, dias 24 e 25 de agosto


Nos dias 24 e 25 de agosto a Comunidade Aliança de Misericórdia estará realizando o Encontro Thalita Kum no Colégio Nossa Senhora de Fátima, começando às 8 da manhã no sábado. O Thalita Kum (do hebraico = Jovem levanta-te. Cf. Mc 5, 41) é um encontro para jovens, encontro queriguimático, ou seja, de anuncio do Evangelho, que por meio de palestras, testemunhos, canções de louvor, orações e dinâmicas pretende mostrar aos jovens que a vida em Cristo é real e bela e convida-los a viver essa vida. Este encontro já serviu de impulso para a mudança de vida de muitas pessoas, que antes viviam em vidas desregradas, as vezes entregues ao mundo das drogas ou da prostituição, pois Deus tem uma solução para tudo, Ele pode tudo e quer realizar em nossas vidas uma obra nova, quer levantar o que está caído e dar força ao que está fraco. Na sua visita ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco disse, logo em sua chegada, que “a juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo.” Inspirados pelas palavras animadora do Santo Padre, nós membros da Aliança de Misericórdia convidamos os jovens da cidade de Barbalha, que ainda não viveram a experiência do Thalita Kum, a participar desse momento de benção e manifestação da misericórdia de Deus, para que assim se abram as janelas de sua vida para um novo futuro mais perto de Cristo.

Informações:
(88) 9785-7121; (88) 9996-3932; (88) 9630-9347





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