sexta-feira, 22 de novembro de 2013

No Templo o que mais importa não são os ritos, mas adorar o Senhor, diz Papa

 
O Templo é um lugar sagrado no qual o que mais importa não são os ritos, mas adorar o Senhor. Este foi o ensinamento do Papa Francisco na Missa celebrada nesta sexta-feira, 22, na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou também em sua homilia a importância de compreender que há o Templo de pedra, como local de culto, mas também o corpo, que é templo sagrado de Deus.

“Na cerimônia litúrgica, o que é mais importante? Os cânticos, rituais belos, tudo…? Mais importante é a adoração: toda a comunidade reunida diante do altar onde se celebra o sacrifício e a adoração”, destacou o Papa.

Francisco, referindo-se ao episódio em que Jesus expulsa os vendilhões do Templo, questionou a maneira como os fiéis se comportam na Igreja. “Fazem dela um local de adoração ou de negócios?”, indagou o Pontífice.

“Mas, eu acho – digo com humildade – que nós, cristãos talvez perdemos um pouco o sentido da adoração e pensamos: vamos ao templo, nos reunamos como irmãos – que é bom, é belo – mas o centro é onde Deus está”, destacou.

O Santo Padre destacou que há também um outro Templo sagrado e importante para a vida de fé: o corpo. “E aqui, talvez não possamos falar da adoração como no primeiro caso, mas de uma espécie de adoração do coração que busca o Espírito do Senhor dentro de si e sabe que Deus ai está”, enfatizou o Papa, afirmando que deste modo, o homem é capaz de ouvir e seguir a Deus.

“Seguir a Deus pressupõe uma constante purificação, porque somos pecadores. Purificar-nos com a oração, penitência, com o Sacramento da reconciliação e com a Eucaristia”, destacou o Papa ao afirmar que desta forma os dois Templos estarão em harmonia.

“E assim, nestes dois templos – o templo material, local de culto, e o templo espiritual dentro de mim, onde o Espírito Santo habita - nossa atitude deve ser a piedade que adora e escuta, reza e pede perdão, louva ao Senhor”, concluiu o Papa.


Fonte: Canção Nova Notícias

Francisco: "Para algumas economias, solidariedade é 'palavrão'"

 
O Papa Francisco elogiou as empresas que durante a crise reduziram sua margem de lucro em benefício dos postos de trabalho e criticou as economias nas quais a palavra ‘solidariedade’ é quase um ‘palavrão’. 

Em vídeomensagem enviada ao III Festival da Doutrina Social da Igreja, celebrado até domingo em Verona (norte da Itália), o Pontífice apostou nas cooperativas como forma de gestão empresarial e advertiu que deixar de lado os jovens desempregados é “uma hipoteca para o futuro”. 

“A Doutrina Social não tolera que os benefícios sejam exclusivamente de quem produz; que a questão social seja delegada ao Estado ou às operações de assistência e voluntariado... É preciso coragem, decisão e a força da fé para estar dentro do mercado, mas colocando no centro a dignidade da pessoa e não o ídolo dinheiro. A solidariedade é uma palavra-chave na Doutrina Social da Igreja”, afirmou Francisco. 

O tema do Festival de Verona é “Menos desigualdades, mais diferenças” e evidencia a riqueza da pluralidade das pessoas como expressão de talentos pessoais, tomando distância da homologação que mortifica e cria desigualdade.


Fonte: Rádio Vaticano 

Argentina: Reforma jurídica vai reconhecer como início da vida na concepção

O projeto de de reforma jurídica de unificação do Código Civil e Comercial argentino vai garantir que a vida humana vai começa na concepção. Este foi uma resposta inesperada dada aos pedidos da Igreja Católica e de grupos pró-vida.
Apesar da posição contrária da ala progressista a ação foi liderada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez, e redigida por uma equipe de juristas especialistas composta pelos juízes da Suprema Corte argentina. No entanto, continuam em volta do governo da presidente Cristina Kirchner, contrário a decisão.
As lideranças políticas de centro-esquerda são favoráveis à nova redação e tomam como fundamento de sua defesa a técnica de reprodução assistida e nesse caso a vida "começa com a implantação do embrião na mulher, sem prejuízo da lei especial prevê a proteção dos embriões não implantados".
Os debates ocorreram na tarde desta quinta-feira, 21, na Câmara dos Deputados e após muitas discussões Domínguez consolidou a reformulação do texto onde se declara no art. 19 que " a existência da pessoa humana começa na concepção". (JS)

Fonte: Portal Ecclesia

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Na luta contra a impureza, vence quem foge

Em matéria de castidade, não existem fortes nem fracos. Diante de uma tentação impura, vence quem recorre imediatamente a Deus, sem negociatas.
Se há um mandamento que as pessoas reclamam ser difícil de cumprir, este é, sem dúvida, o sexto mandamento. O escritor C. S. Lewis reconhecia que "a castidade é a menos popular das virtudes cristãs". Enquanto os de fora – e, não raro, os de dentro – inflam-se para falar da pobreza evangélica, das virtudes da paciência e da humildade, ergue-se, muitas vezes, em torno da moral sexual cristã, uma barreira de silêncio ou mesmo de desobediência. "Porém, escreve Lewis, não existe escapatória. A regra cristã é clara: 'Ou o casamento, com fidelidade completa ao cônjuge, ou a abstinência total'."01
Para aqueles que não descobriram a centralidade do amor de Deus na religião cristã, fica realmente muito difícil entender o porquê de "não pecar contra a castidade" ou a ratio de todas as demais normas morais católicas. O Papa Bento XVI, certa vez, alertou para o perigo de deixarmos o Cristianismo transparecer mais como um "código de conduta" que como um encontro real e profundo com Jesus Cristo:
"Não deveríamos permitir que a nossa fé seja vanificada pelos demasiados debates sobre múltiplos pormenores menos importantes mas, ao contrário, ter sempre à vista em primeiro lugar a sua grandeza. Recordo-me quando, nos anos 80-90, eu ia à Alemanha e me pediam que concedesse entrevistas: eu conhecia sempre antecipadamente as perguntas. Tratava-se da ordenação das mulheres, da contracepção, do aborto e de outros problemas como estes que voltam a apresentar-se continuamente. Se nos deixarmos absorver por estes debates, então a Igreja identifica-se com alguns mandamentos ou proibições, e nós passamos por moralistas com algumas convicções um pouco fora de moda, enquanto não sobressai minimamente a verdadeira grandeza da fé."02
Olhando para Cristo – e só olhando para Cristo –, é possível viver a castidade. Sem contar com o auxílio indispensável da graça, ninguém pode ser casto. C. S. Lewis reconhecia que "a castidade perfeita – como a caridade perfeita – não será alcançada pelo mero esforço humano". "Você tem de pedir a ajuda de Deus", escrevia. E Santo Afonso de Ligório também fazia notar que "nós, revestidos de carne, não podemos por própria força guardar a castidade; só Deus, em sua imensa bondade, nos poderá dar força para tanto".
E, todavia, como a própria salvação humana é obra conjunta de Deus e dos homens, da mesma forma a castidade exige do ser humano que ele se crucifique para si mesmo. Isto se manifesta de modo eminente por uma coisa que os grandes santos chamavam de "fuga da ocasião do pecado". "Um sem-número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado", diz Santo Afonso. Na luta contra a impureza, vence quem foge. Diante de uma tentação, ao invés de encarar a investida maligna de frente, é preciso recorrer imediatamente ao auxílio de Jesus e Maria.
É este o parecer comum dos santos da Igreja e não há motivos para procurar outra senda. Adverte São Francisco de Sales: "Logo que notes uma tentação, imita as criancinhas que, vendo um lobo ou um urso, se lançam ao seio do pai e da mãe ou ao menos os chamam em seu socorro"03. O autor sagrado alerta que "quem ama o perigo nele perecerá" (Eclo 3, 27). Se uma pessoa tem o firme propósito de guardar a sua pureza, mas não evita os ambientes, as pessoas ou as coisas que o levam ao pecado, então, este propósito tem pouco ou nenhum valor. Santo Tomás de Aquino explica que a razão disso é que Deus nos abandona ao perigo quando a ele nos expomos deliberadamente ou dele não nos afastamos.
Pode parecer difícil, a partir destas considerações, a vivência da castidade. Afinal, são tantas as ocasiões em que o mundo oferece uma proposta tentadora de felicidade nos lugares errados! A verdade é que Jesus nunca disse que a luta seria fácil. "No mundo haveis de ter aflições" (Jo 16, 33). Não é possível viver a castidade sem passar pela experiência da Cruz. Vivida com amor, no entanto, esta verdadeira via crucis adquire um belo significado. Como escreve São Josemaría Escrivá, "quando te decidires com firmeza a ter vida limpa, a castidade não será para ti um fardo; será coroa triunfal"04.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Cristianismo puro e simples, Livro III, n. 5
  2. Discurso do Papa Bento XVI na conclusão do encontro com os bispos da Suíça, 9 de novembro de 2006
  3. Filoteia (Introdução à Vida Devota), parte IV, cap. 7
  4. Caminho, n. 123

Fonte: padrepauloricardo.org

Bispo norte-americano fará "exorcismo" em reparação a aprovação de casamento gay

De acordo com o comunicado da diocese de Springfield, o bispo diocesano Thomas Paprocki, declarou que presidirá "uma oração de súplica e exorcismo em reparação" por ocasião do projeto de lei de iniciativa do Governador de Ilinois, Pat Quinn, que no dia 20 de novembro confirmará a consulta popular a respeito da legalização do casamento homossexual.
Na mensagem, dom Paprocki explica que sua atitude é inspirada nas palavras do Papa Francisco quando arcebispo de Buenos Aires, em 2010, no momento que a Argentina passava pelo mesmo processo. Segundo o prelado, o cardeal Bergoglio afirmou na época que "não se trata de uma simples luta política; é a pretenção destrutiva ao plano de Deus. Não se trata de um mero projeto legislativo (este é o instrumento) senão de uma ação do "pai da mentira" (Jo 8, 44) que pretende confundi e enganar aos filhos de Deus".
O bispo evoca a referência ao então cardeal arcebispo de Buenos Aires para justicar sua intenção. Para  Paprocki, sendo um "instrumento" do "pai da mentira" explicado por Bergoglio, a atitude da Igreja local deve ir além de um discurso de condenação e requer "meios adequados e proporcionais" para combatê-lo, as orações de súplicas e exorcismo utilizadas em circunstâncias especiais pela Igreja corresponde ao remédio mais adequado.
O bispo de Springfield recordou a gravidade do projeto e disse que tanto os "cônjuges" do mesmo sexo, como os políticos,  são "moralmente cúmplices e colaboradores para facilitar esse pecado grave" e como no caso identificado pelo arcebispo Bergoglio em 2010, não se limita a identificar a causa. 
"Devemos orar para sermos libertos deste demônio que tem entrado em nosso Estado e na Igreja. Não pode ser de outra maneira, com esperança cristã, esperança e misericórdia" ressaltou dom Paprocki que três anos liderou uma mobilização para que em todas as dioceses dos Estados Unidos tivessem um exocista. 
Ritual de Exorcismo
As "Súplicas e Exorcismo" estão previstas no Apêndice da Edição Latina de 2004 do Ritual de Exorcismos. A introdução da instrução afirma que " A presença do diabo e e outros demônios podem se manifestar não só quando atormentam as pessoas, mas também pela intervenção de suas ações em coisas e lugares, de alguma maneira, assim como por diversos modos de oposição e perseguição contra a Igreja. Se um bispo diocesano, em circunstâncias especiais, considera conveniente convocar os fiéis a rezar juntos, presididos e dirigidos por um sacerdote, se pode tomar textos deste apendice para preparar a oração de súplica". (JS/com agências)
Foto: Infocatolica

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Estátua de Jesus Cristo permanece intacta após passagem do tufão Haiyan


Em meio aos destroços um fotografo registrou uma estatua de Jesus Cristo que permanece de pé na cidade de Tanawan após supertufão Haiyan atingir Filipinas na última sexta-feira,8. Cerca de 4,5 milhoes de pessoas de 36 províncias do país foram afetados pelo tufão, das quais 330 mil estão em abrigos.

No último domingo, 10, o Papa Francisco mandou uma mensagem em solidariedade através do secretário de Estado, dom Pietro Parolin, na qual o Santo Padre se diz "profundamente triste com a destruição e perda de vidas causadas pelo supertufão".

"O número que eu tenho neste momento é de cerca de 2 mil, mas pode ser ainda maior" declarou neste terça-feira,12, o presidente das Filipinas, Benigno Aquino, em entrevista à rede americana CNN.

Em entrevista a BBC Brasil a vice-chefe da delegação do Comitê da Cruz Vermelha Internacional nas Filipinas, a brasileira Graziella Leite Piccolo, afirmou que a situação no país é avassaladora.

Segundo ela, falta de luz, problemas na rede telefônica agravam ainda mais a situação, bem como, o fato dos geradores elétricos das tendas hospitalares emergenciais que estão deixando de funcionar com a falta de combustível.

Ainda de acordo com a reportagem da BCC Brasil com base em relatos de sobreviventes as ruas estão com corpos em decomposição e há pressa em enterrar os mortos em valas comuns. Faltam água, comida e alimentos.

Brasileiros que vivem nas Filipinas mobilizan-se para levantar doações para os sobreviventes do tufão Haiyan. Na internet diversas campanham ganham força através das redes sociais.
Em entrevista ao grupo ACI o coordenador regional da Cáritas Ásia, Eleazar Gómez, declarou nesta quarta-feira, 13, que "será necessário um plano de reabilitação e de reconstrução de grande porte para restituir uma vida normal à população". Segundo o coordenador, que é filipino, a Igreja Católica está comprometida na ajuda aos necessitados nas regiões atingidas. (JS/Com Agências)

Foto: Folha de São Paulo

Cardeal peruano: Envie um "WhatsApp" ao Espírito Santo

O Arcebispo de Lima e Primado do Peru, cardeal Juan Luis Cipriani, convidou os jovens a manterem uma amizade cotidiana com o Espírito Santo, assim como eles têm com o melhor amigo e amiga, enviando-lhe "um ‘WhatsApp’" na oração.

"O Espírito Santo é seu amigo e você deve tratá-lo como tal. E assim como envia um ‘WhatsApp’ para a sua amiga, envie também um ‘WhatsApp’ ao Espírito Santo (na oração) e espera para ver o que te diz, peça-lhe e conte para Ele como você está. Se tiver essa amizade, Ele vai se encarregar de te responder", expressou durante a cerimônia de Crisma de mais de quarenta alunos de um colégio de Lima no último dia 8 de novembro.

O Arcebispo disse aos estudantes que "todos devemos ter essa amizade com o Espírito Santo, porque estando com Ele seremos uma pessoa alegre. O Espírito Santo tem um espaço na tua alma e Ele te diz o que está bem e o que está mal. Espero que esta turma do colégio Salcantay dê muito exemplo nas suas casas, nos seus bairros e com seus amigos. Ajudem-se uns aos outros".

Do mesmo modo, alentou-os a serem solidários. "Não pensem em vocês mesmos, nos seus planos; pensem nos outros, começando pelos seus pais e seus irmãos. E assim sentirá alegria. E o Espírito Santo te pedirá que perdoe ou que mude alguns aspectos de sua vida", culminou.
Fonte: ACI Digital

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Papa na missa desta manhã: "Pecadores, sim. Corruptos, não!"


Quem não se arrepende e "faz de conta que é cristão", prejudica a Igreja. Foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã na Casa Santa Marta.

Em sua homilia, o Papa refletiu sobre a exortação do Senhor a perdoar o irmão arrependido, de que fala o Evangelho de hoje. Quando Jesus pede para perdoar sete vezes ao dia - observou - "faz um retrato de si mesmo". Jesus perdoa, mas neste trecho evangélico diz também: "Ai daquele que produz escândalos". O Pontífice então questiona: qual a diferença entre pecar e escandalizar?

A diferença é quem peca e se arrepende, pede perdão, se sente fraco, se sente filho de Deus, se humilha, e pede a Jesus a salvação. Mas quem escandaliza não se arrepende. Continua a pecar, mas faz de conta que é cristão: uma vida dupla. E a vida dupla de um cristão provoca muitos danos. 

Quem escandaliza - disse ainda Francisco - com uma mão ajuda a Igreja e, com a outra, rouba do Estado, rouba dos pobres... Esta pessoa é injusta, disse o Papa. E esta pessoa merece, como diz Jesus, que lhe amarrem uma pedra de moinho no pescoço e a joguem ao mar.

"Aqui não se fala de perdão", advertiu o Santo Padre, pois quem faz vida dupla é um corrupto e está preso num estado de suficiência, "não sabe o que é a humildade".

Jesus falava deles como de um "sepulcro caiado", ou seja, externamente belos, mas podres por dentro.

Todos nós conhecemos alguém que está nesta situação e quanto mal faz à Igreja! Cristãos corruptos, padres corruptos... Quanto mal provocam à Igreja! Porque não vivem no espírito do Evangelho, mas no espírito mundano.

Na carta aos cristãos de Roma, São Paulo dizia para não entrar nos esquemas, nos parâmetros deste mundo - esquemas que levam à vida dupla:

Uma podridão envernizada: esta é a vida do corrupto. E Jesus não os chamava simplesmente de pecadores, mas de "hipócritas". Com os outros, os pecadores, Jesus não se cansa de perdoar, com a condição de que não façam esta vida dupla. Peçamos hoje a graça ao Espírito Santo de nos reconhecer pecadores. Pecadores sim, corruptos não.

Fonte: Rádio Vaticano

Cardeal Koch: "Vaticano II quis ser um Concílio de reforma e não de ruptura"

 
“O Vaticano II queria ser e foi um Concílio reformador: não quis uma Igreja nova que rompesse com a tradição, mas uma Igreja renovada”. Foi o que afirmou o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, no seu discurso publicado no L’Osservatore Romano, em vista da apresentação nesta terça-feira (12), na Sala Pietro de Cortona dos Museus Capitolinos, da obra sobre ‘Primado pontifício e episcopado’, dentro das comemorações dos 50 anos do Concílio.

O Cardeal Koch individua duas “tendências há tempos dominantes” em relação a este evento histórico para a Igreja, iniciado por João XXIII e encerrado por Paulo VI. “Ambas vêem no Concílio uma ruptura com a tradição da Igreja, numa dupla direção”, observou ele. “De um lado, as correntes progressistas continuam a compreender o Concílio como o fim da tradição eclesial precedente e o início de algo novo. Mas como ruptura com a tradição, o Vaticano II é interpretado também por correntes tradicionalistas, que o censuram por ter feito nascer uma nova Igreja, não mais idêntica àquela que existia até então”, explicou.

Para o Cardeal Koch, "não é uma mera coincidência que estas duas tendências extremas concordem em fazer uma distinção entre a Igreja pré-conciliar e a Igreja pós-conciliar, como se a Igreja não fosse mais a mesma, antes e depois do Concílio Vaticano II”. 

Ao invés disto, para o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, “continuidade e renovação estão unidos, tradição e renovação se abraçam, porque o Vaticano II queria ser um Concílio não de ruptura, mas de reforma, elo de uma longa cadeia ligada à tradição e ao mesmo tempo aberto ao futuro”.
Fonte: Rádio Vaticano 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Relíquias de São Pedro serão expostas pela primeira vez para veneração pública


Pela primeira vez na história, o Vaticano apresentará publicamente para a veneração pública as relíquias de São Pedro. Será um acontecimento único para encerrar com chave de ouro o Ano da Fé. Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, deu a notícia através do jornal vaticano, L'Osservatore Romano.

As relíquias do apóstolo se encontram nas grutas vaticanas, abaixo da basílica de São Pedro e são veneradas pelos Papas, os bispos que realizam as visitas quinquenais "ad Limina" e visitantes ilustres, além dos fiéis durante todo o ano.

Fonte: Rádio Vaticano

Em telegrama, Papa manifesta pesar pelas vítimas de tufão nas Filipinas


O Papa Francisco enviou um telegrama ao presidente das Filipinas, Benigno Aquino III, manifestando seu pesar pelas vítimas do tufão Haiyan-Yolanda que atingiu as Filipinas, nesta sexta-feira, e deixou pelo menos 10 mil mortos, milhares de feridos e cerca de dois mil desaparecidos.

No telegrama, assinado pelo secretário de Estado, dom Pietro Parolin, o Santo Padre se diz "profundamente triste com a destruição e perda de vidas causadas pelo supertufão" e manifesta sua solidariedade a todas as pessoas que foram atingidas pelo furacão e sofrem as conseqüências. O Santo Padre recorda as pessoas que choram a perda de seus entes queridos e todos aqueles que perderam suas casas. 

O Papa encoraja as autoridades civis e todos aqueles que prestam socorro às vítimas dessa tragédia e invoca as bênçãos divinas de força e consolo para a nação.

Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Papa no Angelus: "A vida eterna é outra vida que supera a nossa imaginação"

 
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus deste domingo, 10 de novembro, da janela da residência pontifícia, no Vaticano, com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

O Evangelho deste domingo nos apresenta Jesus lidando com os saduceus que negavam a ressurreição e sobre esse tema eles fazem uma pergunta a Jesus, para colocá-lo em dificuldade e ridicularizar a fé na ressurreição dos mortos. Eles lhe propuseram um caso imaginário: 

"Uma mulher tinha tido sete maridos, mortos um após o outro e perguntam a Jesus: De quem a mulher será esposa depois de sua morte? Jesus, sempre manso e paciente, primeiro responde que a vida depois da morte não tem os mesmos parâmetros que a vida terrena. A vida eterna é outra vida, numa outra dimensão em que não haverá matrimônio, que está ligado à nossa existência neste mundo. Os ressuscitados, disse Jesus, serão como anjos e viverão num estado diferente, que agora não podemos experimentar e nem imaginar."

Depois Jesus passa ao contra-ataque e "o faz citando a Sagrada Escritura, com uma simplicidade e originalidade que nos deixam cheios de admiração pelo nosso Mestre, o único Mestre! A prova da ressurreição Jesus a encontra no episódio de Moisés e da sarça ardente onde Deus se revela como o Deus de Abraão, Isaac e Jacó. O nome de Deus está ligado aos nomes de homens e mulheres aos quais Ele se liga. Essa ligação é mais forte que a morte", disse o Santo Padre que acrescentou:

"É por isso que Jesus afirma: "Deus não é Deus dos mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele. Esta é uma ligação decisiva, a aliança fundamental, aliança com Jesus. Ele é a Aliança. Ele é a vida e a ressurreição, porque com o seu amor crucificado venceu a morte. Em Jesus, Deus nos doa a vida eterna, doa a todos, e todos graças a Ele possuem a esperança de uma vida ainda mais verdadeira do que esta. A vida que Deus nos prepara não é um simples embelezamento desta atual: ela supera a nossa imaginação, porque Deus nos surpreende continuamente com o seu amor e sua misericórdia."

O que vai acontecer é exatamente o contrário do que esperavam os saduceus. "Esta vida não é referência para a eternidade, para a outra vida que nos espera, mas é a eternidade que ilumina e dá esperança à vida terrena de cada um de nós! Se olharmos apenas com os olhos humanos, tendemos a dizer que o caminho do homem vai da vida para a morte", frisou o pontífice.

"Jesus inverte essa visão e afirma que a nossa peregrinação vai da morte para a vida: a vida plena! Nós estamos em caminho, em peregrinação para a vida plena e essa vida plena ilumina o nosso caminho! A morte está atrás, não diante de nós. Diante de nós está o Deus dos vivos, está a derrota definitiva do pecado e da morte, o início de um novo tempo de alegria e de luz infinita. Mas mesmo nesta terra, na oração, nos sacramentos e na fraternidade, encontramos Jesus e seu amor, e assim podemos saborear algo da vida eterna. A experiência que fazemos de seu amor e sua fidelidade se acendem como um fogo em nosso coração e aumenta a nossa fé na ressurreição. Se Deus é fiel e ama não pode ser a tempo limitado. Ele sempre é fiel, segundo o seu tempo, que é a eternidade," concluiu o Santo Padre.


Fonte: News.va 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

YOUCAT - Deus revelou-Se para que possamos crer n’Ele e só n’Ele.

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Antes de tudo cremos em Deus Pai, pois Ele é o principio e o fim, é o que sustenta tudo, o restante do credo depende dessa frase e a aprofunda, mas o essencial é sabermos que cremos em um só Deus assim como está nas Escrituras e conforme recebemos dos apóstolos.

Ele é o único Senhor, do céu e da terra, tudo que existe a Ele pertence, e assim Se manifestou ao povo judeu “Ouve, ó Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor.”(Dt 6,4) E pelos profetas exortou o seu povo a rejeitar os ídolos pagãos e voltar-se para Aquele que é o único Deus, o Senhor. Ele é uno e trino, assim como diz o Concilio de Latrão “Cremos fielmente e afirmamos simplesmente que há um só verdadeiro Deus eterno, imenso e imutável, incompreensível, todo poderoso e inefável, Pai, Filho e Espírito Santo: Três Pessoas, mas uma só Essência, uma Substancia ou Natureza absolutamente simples.”(CIC 202).

É difícil para nós seres humanos entender tal mistério, Santo Agostinho certa vez saiu a caminhar pela praia tentando entender a Santíssima Trindade, caminhou por um bom tempo, refletindo e meditando tal mistério, mas nada concluía. Andando mais um pouco ele encontrou um menino, que havia feito um buraco na areia e com um pequeno recipiente pegava a agua do mar e colocava no buraco. O homem santo se aproximou do menino e perguntou o que ele estava fazendo, então o menino respondeu que pretendia colocar o mar dentro daquele buraco, Agostinho riu e disse que o garoto nunca iria conseguir, foi ai que o menino lhe disse que era mais fácil ele colocar o mar inteirinho dentro daquele pequeno buraco, do que se entender o mistério trinitário, então o santo percebeu que Deus não se entende, mas se experimenta.

Se para Santo Agostinho, que era um dos maiores intelectuais do seu tempo, foi difícil entender, imagine para quem não tem instrução nenhuma ou tem pouca instrução, como é intrigante. Mas Deus em sua infinita misericórdia se manifesta ao homem e se revela com um nome, e o nome exprime a essência da pessoa e o sentido de sua vida, assim Ele mostrou que não é uma força anônima, mas que tem um nome, uma identidade, e no seu Filho um rosto. Revelando-Se assim como É, Ele mostra que é vivo, que é eterno e único, que está próximo do seu povo e que quer com ele fazer uma aliança.

Diante da sarça ardente Moisés tira suas sandálias e cobre seu rosto, pois se vê diante do Senhor e se reconhece pequeno, pois Deus se revelou com grandeza, assim nós também devemos agir diante d’Ele, que se revela a todo instante em nossas vidas, não de formas espetaculares, mas de formas simples e fecundas, pois Ele não Se revela em vão, sempre tem um propósito, um plano de amor. Cabe a nós acolher Sua revelação e crer que Ele é um Pai bondoso e misericordioso, que por amor Se revela, não para nos julgar, mas para nos libertar e firmar conosco uma aliança eterna.

Paz e misericórdia!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O mar do amor de Deus

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O mar é belo e grande, assim também é o amor de Deus, quando vi o mar de perto pela primeira vez fiquei maravilhado com tamanha beleza, não queria parar mais de olhar, era como se meus olhos navegassem ou brincassem nas ondas. Da mesma forma é quando encontramos o amor de Deus, nossa alma se maravilha e navega por esse enorme mar, impulsionada pelo vento do Espírito Santo, e confiante na misericórdia. A imensidão desse amor é muito maior que a do mar, e nós, nela nos perdemos como uma gota. O Senhor nos chama a navegar, a ir até as aguas profundas do Seu mar.

De engenheiro informático a religioso marianista (Parte I)

O religioso marianista (www.marianistasbrasil.org.br) Daniel Pajuelo Vázquez, da Espanha, está prestes a completar dois meses como presbítero. Não haveria nada de “noticioso” nisto se não fosse pelo fato de que ele é também um blogueiro muito reconhecido pelos católicos de língua espanhola nas redes sociais, o que é fruto da sua dedicação desde o início da formação sacerdotal, com o apoio total dos seus superiores.
Pajuelo, agora, não apenas celebra a missa com o fervor de sempre na sua paróquia de Carabanchel, em Madri, como ainda continua desenvolvendo projetos e iniciativas na rede mundial de computadores, como é o caso do muito visitado site iMision, fundado por ele em parceria com outros religiosos e consagrados.
O padre Daniel é engenheiro informático por formação e músico por vocação. O dom musical, aliás, o levou a lançar dois discos, cujos conteúdos, em ritmo de rap juvenil, ele oferece gratuitamente na internet.
Mesmo imerso na agenda paroquial e no colégio dos marianistas em Amorós, o religioso blogueiro compartilhou com ZENIT a sua visão sobre esse trabalho incipiente, mas urgente, que a Igreja realiza na web.
Agora que você está começando a vida como sacerdote, vai continuar pregando nas redes sociais também?
-Padre Daniel Pajuelo: Eu acho que a nossa identidade na web tem que ser coerente com a nossa identidade física. Por isso, nas redes sociais, eu me mostro do jeito que sou: padre religioso marianista. A minha presença é ativa e comprometida. Um perfil no Twitter e um mural no Facebook podem ser verdadeiros espaços de acolhimento e de encontro. É isso o que eu tento conseguir. Ser cristão é ser para a missão, para o anúncio de Jesus e para a semeadura do Reino. Nós, padres, fomos consagrados para a missão de levar Cristo ao mundo, e o Continente Digital também faz parte do nosso mundo.
Os padres podem combinar o ministério com uma presença adequada nos espaços digitais?
-Padre Daniel Pajuelo: Existem perfis muito variados na vida sacerdotal. Não é a mesma coisa ser sacerdote diocesano ou religioso, nem ser um padre que atende várias paróquias do interior ou que trabalha numa catedral. A variedade é muita e nem todos os padres têm por que manter uma presença ativa na rede.
O que você recomenda para quem quer estar mais presente na internet?
-Padre Daniel Pajuelo: Eu diria que para estar presente nas redes sociais você precisa de três coisas: tempo, constância e abertura para a mudança. O tempo é um bem escasso, mas é questão de priorizar. Você encontra tempo para tudo o que é importante. No meu caso, a evangelização na internet faz parte das minhas prioridades missionárias. A constância também é importante, e é aconselhável você não ter metas grandiosas demais, nem querer estar em tudo ao mesmo tempo. Tem que começar com alguma coisa bem simples, como abrir um blog e se obrigar a escrever com periodicidade, ou criar uma conta no Twitter e interagir durante quinze minutos todos os dias, para colocar alguns exemplos.
Você disse três coisas…
-Padre Daniel Pajuelo: Sim, a abertura às mudanças. Por um lado, abertura no campo tecnológico, mas principalmente abertura a uma manifestação do humano totalmente nova e em constante evolução. Temos que superar a sensação inicial de “tontura” e descobrir o coração das pessoas que querem e procuram a beleza e a verdade, também nessas novas formas de comunicação.
Mas isso não acontece de qualquer jeito, é preciso ter formação, não é?
-Padre Daniel Pajuelo: Se quisermos que a nossa presença seja evangelizadora, temos que dar um segundo passo, que é justamente a formação. A internet tem a sua linguagem e a sua dinâmica comunicativa. Precisamos de formação permanente, não basta um cursinho, um manual. Se erramos na linguagem, podemos criar mal-entendidos ou transmitir o que não queremos dizer. Existem cada vez mais oportunidades em nossos países de língua espanhola para nos formarmos nesta área. Na Igreja espanhola estão começando a se consolidar vários projetos bem interessantes, como o iMision, Blogueros con el Papa, Aleteia, Catholic Link… Ler e interagir com os responsáveis por essas iniciativas pode nos ajudar a crescer e a descobrir o potencial evangelizador da internet.
Houve um encontro de blogueiros católicos recentemente em Valladolid [Espanha, ndr]. Quais foram as conclusões?
-Padre Daniel Pajuelo: Eu não pude participar, por causa dos meus compromissos pastorais de fim de semana. Teria sido ótimo. Mas outro sacerdote da equipe do iMision, o pe. Julián Lozano, esteve presente via hang out [conferência virtual através de vídeo, ndr]. Eu considero que os Blogueros con el Papa [organizadores do encontro, ndr] já são um grupo consolidado, com uma identidade bem definida e com recursos para levar o projeto adiante. Eles levam a sério o fato de que a internet é um verdadeiro espaço habitado, onde o anúncio do evangelho tem que se realizar de forma explícita e com os meios adequados. Eu aconselharia todo blogueiro católico a segui-los de perto.
Para conhecer o iMision: http://imision.org
Para seguir o padre Daniel Pajuelo no Twitter:  https://twitter.com/smdani
Blog do padre Daniel Pajuelo: http://smdani.marianistas.org

Fonte: Zenit.com

Bem-aventuranças são temas das próximas Jornadas Mundiais da Juventude



O Boletim da Santa Sé divulgou nesta quinta-feira, 07, que o Papa Francisco escolheu os temas das próximas Jornadas Mundiais da Juventude. As "Bem-aventuranças" foram os temas propostos pelo Pontifíce Romano.

Em 2014 o tema “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3), será celebrado na XXIX Jornada Mundial da Juventude. A edição de 2015 “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8) dando continuidade ao caminho espiritual apresentado pelo Papa. Estes temas correspondem as celebrações diocesanas que acontecem no Domingo de Ramos.

Para a grande celebração internacional de 2016 em Cracóvia, Polônia, Francisco escolheu o tema alinhado a devoção muito popular na região, a "Divina Misericórdia", correlacionando as reflexões temáticas anteriores apresentados no quinto capitulo do Evangelho de Mateus. O tema “Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5,7) marcará a mensagem central da XXXI Jornada Mundial da Juventude.

Durante o encontro com os jovens argentinos na Catedral de São Sebatastião, no dia 25 de julho, no deccorer da JMJ Rio 2013, o Papa Francisco já havia convidado os jovens a lerem o capitulo cinco de Mateus. “Olhe, leia as Bem-Aventuranças, que lhe farão bem!” afirmou Francisco.(JS)

Fonte: Portalecllesia.com.br

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A santidade é para todos, afirma o Cardeal Odilo Scherer

 http://www.pulpitocristao.com/wp-content/uploads/2012/11/SANTIDADE.jpg

Quase no fim do Ano da Fé, a celebração da solenidade litúrgica de Todos os Santos nos deu a ocasião para recordar um dos artigos finais da Profissão de Fé da Igreja: “Creio na comunhão dos santos”. O Catecismo da Igreja Católica explica bem essa afirmação de nossa fé nos parágrafos 946 a 987.

A Igreja possui um “patrimônio comum”, do qual todos participamos: a santidade, dom do Espírito Santo dado aos discípulos de Cristo. Todos contribuímos para esse patrimônio com nossa vida santa e todos somos por ele também beneficiados. Na Igreja, ninguém é herói solitário: estamos em boa companhia!

Isso nos leva a ter uma atenção especial aos santos e santas, que são as testemunhas excelsas de Cristo; a Igreja, ao proclamar um santo, confirma que sua vida foi uma interpretação exemplar da vida cristã e um testemunho luminoso do Evangelho do Reino de Deus no mundo. E como os dons de Deus são inumeráveis, há também numerosas formas de santidade e de vidas santas. Cada santo, a seu modo, é um exemplo de vida segundo o Evangelho e pode ser imitado pelos outros, sem medo de errar.

Nossos santos católicos não são mitos criados pela fantasia humana. São pessoas que viveram num tempo e num espaço, tiveram uma história pessoal, que pode ser conhecida e verificada; eles são os membros da Igreja, que já chegaram lá, onde todos nós queremos chegar um dia. Mas pela “comunhão dos santos”, eles continuam ligados a nós e nós, a eles. Eles são mestres de vida cristã, testemunhas e exemplos de perseverança na fé, muitas vezes vivida em meio a inumeráveis dificuldades. Muitos deles morreram martirizados, proclamando essa fé, que também nós professamos.

Penso, por isso, que a vida dos santos seja parte importante da Catequese e da iniciação à vida cristã. Eles já percorreram a estrada que nós somos chamados a percorrer; eles foram discípulos exemplares de Cristo, foram bons cristãos e viveram de modo exemplar as virtudes, que também nós somos chamados a viver.

Gosto de retomar a Carta Apostólica Novo millennio ineunte (No início do novo milênio, 2001), do Papa João Paulo 2º. É breve, iluminada, programática. Ali se diz que a santidade é a prioridade das prioridades pastorais: “Não hesito em dizer que o horizonte para o qual deve tender todo o caminho pastoral é a santidade” (cf. n. 30).

A santidade é a vocação universal dos batizados, conforme nos ensina o Concílio, ao falar da Igreja (cf. Lumen Gentium, cap. V). A santidade não é uma ilustração opcional à vida cristã, mas a sua própria meta; pela fé e pelo Batismo, estamos em comunhão com aquele que é o santo e a fonte de toda santidade. A santidade é uma das qualidades da Igreja e deve também ser a marca de todos os seus membros: “Esta é a vontade de Deus a vosso respeito: a vossa santificação” (1Ts 4,3). É a vocação de todos os batizados.

A programação pastoral deve ser marcada pela busca da santidade. Por isso, diz ainda João Paulo 2º na mesma Carta Apostólica: “Perguntar a um catecúmeno – queres o Batismo? – significa ao mesmo tempo perguntar-lhe – queres ser santo?” (n. 32). A santidade, portanto, não é apenas para alguns poucos, mas para todos os discípulos de Cristo.

E o Papa Francisco, na homilia da solenidade de Todos os Santos, voltou a lembrar que a santidade tem um caminho, um rosto e um nome: Jesus Cristo. Estar em comunhão com Ele, seguir seus passos, imitar seu exemplo – eis o jeito da santidade.


Fonte: Canção Nova

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Papa Francisco faz doação para obra social da Bahia

 
O Papa Francisco enviou uma ajuda financeira ao Centro Nova Semente. A intituição, localizada ao lado do Complexo Penitenciário Estadual, em Mata Escura (BA), cuida de crianças e adolescentes cujos pais estão presos.

A doação foi entregue, nesta segunda-feira, 4, ao Arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, scj, pelas mãos do presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia. O representante vaticano está em visita ao Brasil até sexta-feira e participa de vários eventos sobre a família.

De acordo com Dom Murilo, a verba havia sido destinada pelo Vaticano para a construção de uma nova obra social na Arquidiocese de Salvador. Entretanto, a construção era inviável e, ao lado do Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, o Arcebispo pediu ao Papa que o dinheiro fosse canalizado para o Centro Nova Semente.

“Nós tínhamos em vista que é uma obra que precisa de recursos. Pedimos para o Papa Bento XVI, na época. Mas, com a renúncia do Pontífice, tivemos que esperar. A primeira resposta que tivemos foi a de que o novo Papa deveria ser comunicado. Em seguida recebemos a confirmação de que o Papa Francisco concordou e nos apoiou”, afirma Dom Murilo.

Além de uma casa onde, atualmente, moram 30 crianças e adolescentes, filhos de homens e mulheres que se encontram encarcerados, o Centro Nova Semente passará a contar com uma casa para crianças de 0 a 3 anos e um salão polivalente.

“A ajuda financeira do Vaticano possibilitará a ampliação do espaço. Atualmente as nossas dificuldades aqui são muitas e passam pela saúde, cultura e educação”, diz o principal responsável pelo Centro, Adele Pezzone.

Para Dom Murilo Krieger, a doação é um gesto de carinho do Papa para com as crianças do Centro Nova Semente. “Quando a mãe está presa só pode ficar com os filhos durante o período da amamentação. E este centro possibilita a proximidade entre mães e filhos, com visitas que são frequentes. No Centro Nova Semente as crianças não são separadas das mães”, afirma Dom Murilo.

A instituição

O Centro Nova Semente foi fundado em 1999, depois de uma decisão estabelecida pelo juiz da Vara de Execuções Penais, a qual determinava que crianças com mais de seis meses de idade – período da amamentação – deveriam ser mantidas fora da Penitenciária Feminina.

Preocupada com a situação dos pequenos que não tinham para onde ir, a Pastoral Carcerária providenciou a retirada das crianças.

“Aqui não é um orfanato. As crianças não estão disponíveis para adoção. Aqui elas aguardam que as suas mães cumpram as penas, e continuam mantendo vínculos afetivos com elas. Quando as mães recebem a liberdade de volta, os filhos são reinseridos aos seus lares. Isso acontece aos poucos e nós vamos acompanhando. Primeiro a mãe leva o filho para passar um fim de semana, as férias escolares ou todo o ano letivo. Não é fácil para uma criança que chegou ao Centro com seis meses de idade ir morar com a mãe aos 12 ou 13 anos”, diz Irmã Adele.

Os interessados em colaborar com o Centro devem entrar em contato através do telefone (71) 3211-2128.


Fonte: Canção Nova Notícias

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Angelus: "Não há pecado ou crime que possa cancelar um homem do coração de Deus"


Cidade do Vaticano (RV) – “Não há pecado ou crime que possa cancelar um homem do coração de Deus”: a misericórdia divina foi a tônica da alocução pronunciada pelo Papa Francisco antes do Angelus deste domingo.
Comentando a conversão de Zaqueu, o Pontífice recordou que este trecho narrado no Evangelho de Lucas resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, ou seja, procurar e salvar as ovelhas perdidas.
Zaqueu é uma delas. É desprezado porque é o chefe dos publicanos da cidade de Jericó, amigo dos odiados invasores romanos. É ladrão e explorador.
Impedido de se aproximar de Jesus, provavelmente por causa de sua má fama, e sendo pequeno de estatura, Zaqueu sobe em cima de uma árvore para poder ver melhor o Mestre que passa.
“Este gesto exterior, um pouco engraçado, expressa porém o ato interior do homem que tenta elevar-se sobre a multidão para ter um contato com Jesus”, explicou o Papa.
O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo do seu gesto; nem mesmo ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; se resigna a vê-lo somente de passagem.
Mas Jesus, quando passa perto desta árvore, o chama por nome: «Zaqueu, desça da árvore porque hoje quero jantar na sua casa» (Lc 19,5). Zaqueu, aliás, é um nome significativo, pois quer dizer “Deus lembra”.
Já naquela época, comentou o Pontífice, existiam os “fofoqueiros”, pois este gesto de Jesus suscitou as críticas de toda a população de Jericó: “Mas como? Com todas as pessoas boas que existem na cidade, escolhe justamente um publicano? Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: «Hoje a salvação entrou nesta casa, porque ele também é filho de Abraão» (Lc 19,9).
Não existe profissão ou condição social, não há pecado ou crime de qualquer gênero que possa cancelar da memória e do coração de Deus um só filho sequer. “Deus recorda”, não esquece nenhum daqueles que criou; Ele é Pai, sempre à espera de ver com atenção e com amor que renasça no coração do filho o desejo de regressar à casa. E quando reconhece este desejo, mesmo que simplesmente manifestado, imediatamente põe-se a seu lado, e com o seu perdão lhe torna mais leve o caminho da conversão e do regresso.
O gesto de Zaqueu, disse ainda o Papa, é um gesto de salvação. “Se há um peso na consciência ou algo do qual se envergonhar, não se preocupe. Suba na árvore ‘da vontade de ser perdoado’. Eu garanto que não se desiludirá. Jesus é misericordioso e jamais se cansa de perdoar.”
Francisco concluiu pedindo que cada um de nós ouça a voz de Jesus que nos diz: “Hoje quero passar na sua casa”, ou seja, na nossa vida.
Ele pode nos mudar, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode nos libertar do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor.(BF)

Fonte: news.va

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Igreja canonizou mais de 20 mil santos, celebrados hoje

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Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já foram canonizados pela Igreja ao longo destes mais de dois mil anos de história. Para todos eles, os católicos dedicam um dia especial a fim de celebrá-los e pedir a intercessão. Trata-se da Solenidade de Todos os Santos vivenciada pela Igreja Católica nesta sexta-feira, 1º de novembro.

De acordo com o professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI, na Diocese de Lorena, Felipe Aquino, a data tem origem a partir da festa pagã celta de nome "Halloween", oriunda da região da Irlanda, Escócia e Inglaterra. Segundo ele, os celtas acreditavam, dentro do paganismo, que no dia 31 de outubro - para eles, último dia do ano - os espíritos dos mortos voltavam à terra para se alimentar e assustar as pessoas.

"A Igreja, quando evangelizou a Inglaterra e a Grã-Bretanha, quis substituir essa crença pagã por uma crença cristã. Então passou a celebrar, ao invés da festa pagã, o Dia de Todos Santos, em 1º de novembro", explica.

A crença nos santos

O professor relata que a Igreja escolheu esta data especial para lembrar os inúmeros fiéis que, segundo a fé católica, já habitam as regiões celestes, mas que ainda estão no anonimato perante o cenário de homens e mulheres canonizados.

“Há muitos que estão no céu e a Igreja não sabe nem o nome”, disse o professor Felipe. "Quantos foram martirizados no anonimato... Então, como a Igreja gosta de celebrar a festa de cada santo no calendário do ano, inclusive estes que não sabe o nome, ela celebra neste dia", explicou.

A importância dada aos santos tem sua razão na fé que os católicos depositam na intercessão destas pessoas que viveram o Evangelho com fidelidade e se tornaram, por graça de Deus, modelo para os outros cristãos.

“A Igreja sabe que os santos intercedem por nós sem cessar diante de Deus. Quando você invoca os santos ou presta um culto de louvor a um santo, você, na verdade, presta um culto de louvor a Deus”, ressaltou o professor.

Embora muitos ainda considerem a devoção aos santos como idolatria, o professor afirma que o culto nunca é prestado diretamente ao santo, mas a Deus, através dos santos. "A pessoa é santa por graça e obra de Deus. Então, o santo vai interceder por nós diante de Deus. Este é o sentido profundo", afirmou.

Uso de imagens

O Concílio de Niceia II, no ano 787, disse que as imagens dos santos devem ser colocadas nas paredes, nas alfaias litúrgicas, nas ruas, nas casas.

"Isso porque a imagem de um santo representa aquele que está no Céu. Se olharmos para uma imagem de Nossa Senhora precisamos lembrar que ela é um modelo a ser seguido. Esta é a primeira finalidade do culto aos santos: eles são modelos, porque viveram de acordo com a vontade de Deus. Então eu posso me inspirar neles para também viver a vontade de Deus”, esclareceu o professor Felipe Aquino. 


Fonte: Canção Nova

Papa Francisco recebe indicação ao prêmio de comunicador do ano

O Instituto Europeu Terceiro Milênio atribuiu ao Papa Francisco o prêmio "Comunicação simples", indicando o Pontífice como o comunicador do ano. A premiação foi entregue na segunda-feira, 28, ao diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, que o recebeu em nome do Santo Padre.

De acordo com o diretor do Instituto, Andrea Pizzicaroli, "a comunicação simples é aquela que é clara e que busca chegar o quanto possível a mais pessoas transmitindo uma mensagem autêntica, justamente como se sente no coração”.

Para o diretor, o segredo é a sinceridade: “quando alguém é sincero consigo mesmo e com os outros, a comunicação flui de modo coerente; ninguém pode colocar em discussão aquilo que é dito com sinceridade porque se tem a profunda convicção do que expressa. Se há convicção, então se comunica de modo simples e as pessoas entendem isso."

Andrea Pizzicaroli explica que há dez anos o Instituto Europeu 'Terceiro Milênio' foi fundado com o objetivo de fazer formação e consultoria em comunicação. Com a eleição do Papa Francisco, Andrea conta que ninguém imaginava que pudesse ser uma figura tão “expressiva e comunicativa”.

“Nós mesmos ficamos positivamente surpresos com isso. Daí, de nossa parte, com muita humildade, a ideia de atribuir-lhe o prêmio 'Comunicação simples'", afirma.

A sinceridade, a autenticidade nas palavras do Pontífice; o seu “boa tarde”, sua saudação e despedida são formas de comunicação simples, segundo Andrea. “O Papa Francisco habitualmente cumprimenta as pessoas em pé de igualdade, de modo direto como se fosse um amigo, um parente, uma pessoa querida como efetivamente ele é”, explicou. "Esse tipo de comunicação revolucionou tudo porque é um Papa 'acessível'", completou.

Há quem defenda que este tipo de comunicação simples, de certo modo, diminui a sacralidade da função. Na opinião de Pizzicaroli, quem adota uma comunicação simples não diminui autoridade do que diz, mas ao contrário, enobrece.

“A mensagem em que a comunicação é acessível às pessoas, que tem esse caráter de proximidade, não tolhe a sua 'nobreza', pelo contrário, a torna ainda mais fascinante, mais bonita e verdadeira e também, a meu ver, mais importante.

Sobre os mais de 10 milhões de seguidores de Francisco no Twitter, o diretor do Instituto Europeu Terceiro Milênio comentou a importância deste fenômeno para um comunicador.

"Vejo como uma faca de dois gumes: é fascinante, mas não fico entusiasmado com essa comunicação por demais ligada à Internet. O grande risco que corremos é que a comunicação seja por demais sintética; porém, é certamente eficaz", afirmou. 
Fonte: Canção Nova Notícias